Em 2025, a escolha de um cartão internacional passou a ser ainda mais estratégica. Com a unificação do IOF em 3,5%, as diferenças entre as opções disponíveis no mercado brasileiro ficaram mais evidentes. Este artigo oferece uma análise completa das melhores alternativas, considerando não só o imposto, mas também spreads, tarifas e benefícios agregados.
Nos próximos tópicos, você encontrará informações detalhadas sobre a recente mudança tributária, a distinção entre tipos de cartões e um comparativo das principais soluções. Ao final, dicas práticas ajudarão você a economizar de verdade em suas operações no exterior.
Contexto da unificação do IOF
Em 23 de maio de 2025, o governo brasileiro aprovou a unificação do IOF em 3,5% para quase todas as transações de câmbio voltadas ao consumo internacional. Essa medida substituiu alíquotas diferentes que variavam entre 0,38% e 3,38%, simplificando o cenário tributário para quem viaja ou faz compras no exterior.
Antes da mudança, cartões de crédito sofriam cobranças variáveis de IOF, enquanto operações em casas de câmbio e contas globais tinham um patamar inferior. Agora, todas essas operações sofrem a mesma tributação, o que torna o spread bancário um fator decisivo na comparação de custos.
Tipos de cartões internacionais
Os cartões de crédito internacionais aplicam o IOF de 3,5% no dia da compra, sujeitando-se à variação cambial entre a data da transação e o pagamento da fatura. Isso pode representar custos extras se o câmbio oscilar desfavoravelmente.
Por outro lado, cartões de débito, pré-pagos, multimoedas ou travel money cobram o imposto quando você carrega o saldo, fixando a taxa de câmbio no momento. Essa característica pode ser uma vantagem em mercados mais voláteis.
Principais opções no mercado brasileiro
Wise: um dos destaques no cenário global, permite gastos em mais de 40 moedas e opera em 170 países. Utiliza o câmbio comercial com tarifas de serviço reduzidas e já aplica a nova taxa de IOF uniformizada. É frequentemente apontado como o melhor cartão de débito para viagens por sua transparência e praticidade.
Revolut: oferece operações em mais de 30 moedas e atua em mais de 150 países. Mantém câmbio comercial com spreads competitivos e não cobra tarifas extras para transações usando moedas locais. Ideal para quem busca economia em diversas moedas sem burocracia.
Nomad: conta em dólar sediada nos Estados Unidos, voltada para quem deseja acessar promoções e investimentos internacionais. Apesar de requerer uma receita de fonte americana, apresenta custos atrativos em relação a bancos tradicionais.
C6 Global: conta em euro ou dólar exclusiva para correntistas do Banco C6. Vinculada à conta doméstica, oferece conveniência e permite transferências internacionais com tarifas reduzidas, ideal para quem já utiliza outros produtos do banco.
Inter Global Account: conta em dólar para clientes do Banco Inter, com acesso a investimentos fora do Brasil e transferências a preços competitivos. Boa opção para quem já usufrui da plataforma de serviços digitais do Inter.
AstroPay: antes destacado pelo IOF de apenas 0,38% e tarifa de conversão de 1,5%, agora adota a nova alíquota unificada de 3,5%. Ainda assim, conserva ausência de anuidade e taxas de adesão, mantendo-se interessante para usuários com baixo volume de movimentação.
Importância do spread bancário
Com o IOF igual para todos, o spread — margem embutida no câmbio praticado pelas instituições — torna-se o principal diferencial de custo. Em bancos tradicionais, esse spread pode ultrapassar 7%, enquanto fintechs como Wise e Revolut operam com valores bem inferiores.
Ao comparar cartões, verifique sempre o custo total de cada transação, considerando IOF, spread e eventuais tarifas de manutenção ou saque. Essa soma definirá a real economia em suas operações.
Dicas para economizar em transações internacionais
- Analise as taxas totais: IOF + spread + outras tarifas.
- Opte por cartões com spreads menores.
- Carregue o cartão antecipadamente para travar o câmbio.
- Aproveite benefícios extras como cashback ou pontos.
Conclusão e recomendações finais
A unificação do IOF em 3,5% transformou o mercado de cartões internacionais no Brasil, nivelando o custo tributário entre diferentes operações. Agora, o spread e as tarifas de serviço definem quem oferece a melhor relação custo-benefício.
Para a maioria dos viajantes e consumidores, soluções digitais como Wise e Revolut continuam sendo as mais vantajosas, graças aos seus spreads competitivos e transparência. No entanto, contas globais vinculadas a bancos brasileiros podem ser úteis para quem já possui relacionamento bancário estabelecido.
Em última análise, a escolha ideal dependerá do perfil de uso, volume de transações e necessidade de saque em caixas eletrônicos. Compare sempre as condições, mantenha-se informado sobre atualizações e aproveite as vantagens para economizar ao máximo em suas viagens e compras internacionais.